Plataformas Sociais Para Notícias

Plataformas Sociais Para Notícias

Plataformas sociais para notícias: faca de dois gumes

Plataformas sociais para notícias (como Instant Articles Facebook e Snapchat Discover) são recursos liberados pelas respectivas redes sociais que tem como objetivo facilitar o acesso às notícias num mesmo ambiente proporcionado por esses aplicativos. No entanto, a relação entre as mídias sociais e as empresas de comunicação apresenta uma combinação repleta de conflitos.

A partir do boom das plataformas de sociabilização, as polêmicas têm sido contínuas. Enquanto o modelo de negócios digitais traz novas perspectivas para a indústria da comunicação, também força revisão de projetos e estratégias para acompanhar o novo contexto. Busca-se agilidade, dinamismo e robustez. Diante desses desafios, a atuação das redes sociais online continua rondando as discussões sobre o mercado de comunicação e mídia, sendo uma das principais referências entre executivos do setor.

No passado recente, empresas tradicionais de mídia tentaram bloquear seu avanço como proteção ao negócio e à base de clientes. Seguindo essa linha mais conservadora, editores de conteúdo no mercado Europeu tomaram medidas contra indexadores como o Google, mas nem todos estão certos sobre o percurso ideal para garantir rentabilidade no futuro. O benefício de uso das redes sociais para distribuição de conteúdo pode trazer reflexo imediato no tráfego nos sites e nas citações ou referências – afinal, branding também é importante.

Para impulsionar o consumo de conteúdo qualificado e garantir proximidade entre as empresas de comunicação e as redes sociais, as plataformas sociais tem investido em interfaces que proporcionam visibilidade aos editores. Este é o caso do Instant Articles ou “artigos instantâneos” no Facebook, que chegou ao Brasil no final do ano passado, e possibilita uma experiência mais amigável e interativa para a leitura de notícias. Nesta interface, assim como no caso do Snapchat Discover  são disponibilizados recursos para posts através de parceria com empresas de jornalismo e editores de conteúdo, em que a receita dos anúncios vinculados a determinado conteúdo é redirecionada para a empresa responsável pelo conteúdo. Ao optar por esta ferramenta, o detentor do conteúdo libera acesso ao material através de app com formato similar ao observado nos sites de origem.

A questão é que tais empresas produtoras sinalizam que somente o resultado de engajamento não é suficiente, sendo necessário uma política mais clara de acesso aos dados e monetização. Afinal, as mídias sociais aumentam sua força com tempo de acesso e tráfego de usuários na plataforma, atraindo receitas de anunciantes, enquanto os produtores de conteúdo, que possuem gastos com todos os processos da cadeia de comunicação, possuem dificuldades de encontrar novas formas de rentabilidade que sustentem a operação. Eis o conflito entre as empresas focadas em comunicação e os grandes players da tecnologia.

Sobre Cinthya Pires

Mestre em Mídia, Jornalista e Publicitária. Possui interesse em estudos sobre modelos de negócios, processos de produção em mídia e possibilidades de envolvimento do público. Além das atividades em comunicação, desenvolve estudos acadêmicos e contribui com a capacitação de profissionais.

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