O que é Storytelling e o segredo de narrativas
O que é Storytelling é a capacidade de transmitir conteúdo por meio de enredo elaborado e de narrativa envolvente, usando palavras e recursos audiovisuais; descubra como sua agência pode aproveitá-la!
Ou seja, Storytelling é a habilidade de contar histórias utilizando enredo elaborado, narrativa envolvente, e recursos audiovisuais. A técnica, cujo caráter é persuasivo, ajuda a promover o seu negócio e a vender seus serviços de forma indireta. Pode ser aplicada na produção de conteúdo, em vendas e em consultorias.
Era uma vez uma agência que conseguia simplificar todo o seu trabalho com ações de storytelling. Utopia? Claro que não! Desde os homens das cavernas, que contavam as façanhas (ou desastres!) de suas caças ao redor da fogueira, até o happy hour de sexta-feira, a humanidade adora uma boa história.
Você com certeza tem uma grande história para contar. De onde veio a ideia do seu nome, ou qual a origem de seu sobrenome? Que lugares você morou? Em nossa vida, nós é que escrevemos nossos próprios cases.
E por que não contar histórias para tornar as coisas mais claras também nos negócios e na produção de conteúdo? Só porque você é especialista em algum assunto e trata disso há anos, não quer dizer que seus Leads, prospects e clientes podem reter e entender essa informação. Criar uma narrativa para falar com eles pode ser muito mais esclarecedor.
O storytelling facilita a maneira como nos comunicamos há anos, e temos certeza que pode fazer muito por você também. Então, preste atenção nas próximas linhas e prepare a caneta para ir anotando os hacks que vamos compartilhar.
Storytelling e o segredo de narrativas capazes de mudar vidas em debate na Casa do Saber
O desafio de produzir narrativas e contar histórias que estimulem mudanças positivas no comportamento das pessoas e na sociedade serão abordados no segundo encontro promovido pela Casa do Saber com o tema Storytelling – o segredo do sucesso. Pierre Moreau, sócio da escola, modera o debate que terá Clóvis de Barros Filho, doutor em ciências da comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP, como convidado especial. O curso está agendado para quarta, 17, às 20h, na sede paulistana da entidade, na rua Dr. Mário Ferraz, 414, nos jardins. Informações e inscrições: (11) 3707-8900 ou no site da Casa do Saber.
Storytelling – o segredo do sucesso reúne profissionais admirados pelo talento de criar narrativas que constituem a alma e a razão de ser de pessoas, instituições, produtos e empresas. O objetivo é instigar os convidados a partilharem das experiências e histórias capazes de motivar, convencer por meio das palavras, lançar movimentos e mudar vidas. Isto a partir do entendimento que contar histórias é o primeiro e principal método de transmissão de conhecimento da humanidade, pois grandes culturas tiveram nas narrativas o meio mais eficiente de ensinar, advertir e estimular seu povo.
Curso Storytelling – o segredo do sucesso
Local: Casa do Saber, rua Mário Ferraz, 414 (Jardins)
Data: 17/05
Horário: das 20h às 22h
Informações e inscrições: (11) 3707-8900 ou http://casadosaber.com.br/sp/cursos/temas-contemporaneos/storytelling.html
Mediação
Pierre Moreau. Advogado, professor e doutor em Direito pela PUC-SP. É sócio fundador do Moreau Advogados, membro do Conselho de Direito do Insper e sócio da Casa do Saber
17/05
Clóvis de Barros Filho
Doutor em ciências da comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde obteve sua livre docência. É coautor de Felicidade ou Morte (em parceria com Leandro Karnal, Papirus, 2016), A vida que vale a pena ser vivida (em parceria com Arthur Meucci, Vozes) e de A Filosofia Explica as Grandes Questões da Humanidade (em parceria com Júlio Pompeu, Casa do Saber / Casa da Palavra, 2013), entre outras obras.
O que é storytelling
Storytelling é a habilidade de contar histórias utilizando recursos audiovisuais, além das palavras. A técnica ajuda a promover seu negócio e vender seus serviços de forma indireta, com caráter persuasivo. O storytelling é utilizado com frequência na TV, no marketing e na publicidade.
Para tornar o conceito mais claro, vamos dividi-lo em duas partes, utilizando um exemplo: o sistema solar.
Digamos que queremos contar histórias sobre o sol.
- STORY: o próprio sol.
- TELLING: são as maneiras que falaremos isso. Temos diversas versões para contar como é o sol.
Mercúrio, por sua proximidade, falaria que o sol é quente demais! Um calor infernal.
A Terra o chamaria de Astro Rei. Há um equilíbrio maior por causa das estações.
Já Netuno reclamaria: “o Sol é muito distante. Aqui é frio demais!”.
Viram como temos diversas versões da mesma história? Isso significa que o storytelling pode ser personalizado de acordo com o público.
Entendendo a tríade que compõem o Storytelling
O tripé de sustentação do Storytelling é fundamentado por 3 elementos, que precisam estar sempre conectados:
- Técnicas Narrativas: nesta etapa, são definidos os caminhos conceituais que sustentarão o conteúdo;
- Conteúdo Narrativo: parte mais conhecida e explorada do Storytelling, é o que dá vida à técnica;
- Fluidez: para uma história ser consistente, ela precisa ser contínua. Não busca ser interruptiva, mas sim criar experiências e momentos que aproximam suas audiências.
As mil e uma noites… de histórias!
Alguém lembra da Xerazade, de As Mil e Uma Noites? Essa antiga história vinda do Oriente Médio nos conta que um rei, Xariar, é traído. Por isso Xariar casa diariamente com uma nova mulher e manda matá-la após a noite de núpcias, com medo de uma nova traição. Até que chega a vez de Xerazade casar com o rei. A diferença é que ela aplicava o storytelling.
Xerazade vai contando histórias que prendem a atenção do rei com a seguinte fórmula: ao amanhecer ela interrompia a história para continuar na noite seguinte. Dessa forma, Xariar vai adiando a morte da moça, prendido pelas histórias, até que desiste de executá-la.
Essa mesma ideia de usar o Storytelling pode ser usada com exemplos que respondem possíveis gaps, como:
- Como ensinar meus filhos a não aceitar presentes de estranhos? Leia “Chapeuzinho Vermelho” para eles;
- E quando quero reforçar que dizer a verdade sempre é bom? Conte a história do “Pinóquio”;
- Como fazer evitar julgamentos? Apresente “A Bela e a Fera”… E por aí vai.
Mas e aí? Como contar histórias poderia ajudar no dia a dia do seu negócio? Antes de mais nada, é importante lembrar que Storytelling não é somente criar um personagem e criar uma historinha, muitas vezes sem objetivos. O storytelling tem que ter um contexto e um objetivo.
As 4 formas para começar um bom Storytelling nos negócios
Quem nunca travou ao iniciar uma campanha ou protelou para começar aquele projeto, que parecia ser muito trabalhoso?
Para fugir de momentos em que você “gasta” suas ideias, (com o objetivo de focar sua criatividade no insight correto), compartilhamos as 4 principais formas para estruturar suas histórias. São modelos bem acionáveis e que dão um bom ponto de partida para qualquer brainstorming. São elas:
1. Product Placement
Incluir nas narrativas histórias que sejam relacionadas ao uso de seu produto ou ao propósito da marca.
2. Narratologia
Desenvolver uma história para explicar o motivo pelo qual a empresa (ou produto) é a solução ou uma referência de mercado.
3. Personalidade de Marca
Usar arquétipos (modelos mentais) que posicionam a sua marca na cabeça de seus clientes.
4. Cultura Pop
Absorver as referências da cultura pop para trabalhar e relacioná-las ao seu produto ou empresa.
Um exemplo muito bacana foi uma ação feita em uma agência, quando recebeu o seguinte briefing: engajar o público de 13 a 18 anos, a partir de um conteúdo que tivesse conexão com o título do filme (Sete Desejos) e que gerasse “buzz” na mídia.
Analisando a melhor estrutura para focar o brainstorming, decidiu-se que o mais assertivo seria trazer algum elemento da cultura pop ao público alvo para acionar gatilhos específicos.
Storytelling: 7 marcas que usam o poder da narração para vender mais
Como seres sociais, nós sempre contamos histórias. Mesmo quando ainda éramos um grupo de humanos primitivos, os sons e gestos já contavam sobre um animal especialmente feroz em uma caçada ou como as frutas de certo lugar eram perigosas.
No início da sociedade, o ato de contar histórias não era puro divertimento, era questão de sobrevivência.
A contação de histórias passou de geração para geração. Cada época possuía suas formas únicas, mas o que não muda é que elas sempre existiram.
Algumas tradições orais persistem até hoje, como vemos nos contos de fadas que conhecemos.
Assim podemos perceber que a história tem certo poder sobre a mente humana. E esse poder consegue ser explorado no marketing. É isso que chamamos de storytelling.
O storytelling é a técnica de contar histórias tão envolventes e memoráveis que o cliente dificilmente consegue esquecê-las.
Além disso, o conteúdo criado através de histórias é único e envolvente. Mesmo uma propaganda pode tornar-se uma peça de arte usando essas técnicas.
Marcas que já utilizam storytelling
O uso do storytelling no marketing já é bastante difundido há décadas. Grandes marcas, como Coca-Cola, sempre trabalharam com propagandas contando histórias similares aos contos de fadas.
Garanto para você que muitos lembram-se dos ursos polares da Coca, mesmo que tenham visto o anúncio há anos, quando ainda eram crianças.
Mas será que marcas mais atuais e de outros setores também têm sucesso usando estratégias de storytelling? Com certeza! Confira alguns casos interessantes abaixo para se inspirar!
1. Dove
A Dove possui uma marca voltada à autoestima de suas consumidoras. De acordo com a Visão no site da empresa, o objetivo de seus produtos é transformar a beleza em fonte de confiança, não ansiedade.
Palavras são lindas e podem até ajudar o público a engajar-se com a intenção da Dove, mas nada fala mais que histórias.
Na sua campanha Retratos Real da Beleza, um artista forense fez desenhos de pessoas de acordo com as descrições delas mesmas. Depois ele fazia novos desenhos de acordo com a descrição de outras pessoas.
Os resultados foram tocantes, mostrando como a autocrítica pode apagar a beleza natural de uma pessoa.
Com essa história a Dove conseguiu atingir seu público e demonstrar sua missão, visão e valores sem sequer mencioná-los.
2. Heineken
A Heineken brincou com a ideia de que cerveja e futebol é só para mulher em sua campanha para a final da Champion’s League.
No anúncio, três homens eram abordados e precisavam convencer as namoradas a ir a um spa para ganharem ingressos para um evento da Heineken no dia da final.
Para a surpresa de todos, as mulheres foram enviadas para Milão aproveitar a final ao vivo.
A pegadinha mostrou o perfil aberto e democrático da marca, convenceu mulheres de que Heineken também é para elas e ainda captou o interesse do público. Tudo isso sem necessariamente falar sobre cerveja.
3. Itaú
O Itaú vem adotando uma imagem mais humanizada há alguns anos. A intenção é mostrar o banco como um “amigo” do cliente, não uma instituição financeira tradicional.
Para conseguir isso, ele também apostou no storytelling.
Na sua campanha, o Itaú apresenta um personagem, o Hilário, alguém com muita dificuldade para economizar.
Usando sua história, o banco aproveitou para dar dicas de uso consciente do orçamento. Além de criativa, a ideia saiu fora do padrão de anúncio tradicional que raramente engaja.
Uma história como essas pode não necessariamente vender o banco para novos correntistas. Mas o torna mais lembrado e o aproxima do cliente.
4. Johnnie Walker
Além de ser uma das marcas de whisky mais famosas em todo o mundo, a Johnnie Walker usou o storytelling em sua campanha “The Man Who Walked Around the World”.
A campanha conta a história do fundador da marca, integrando o “tema” da marca, a qualidade do whisky e sua visão.
Enquanto milhares de marcas fazem textos institucionais longos e enfadonhos que ninguém lê, a Johnnie Walker conseguiu engajar seu público com uma história.
Bem melhor do que escrever várias palavras de texto contando fatos históricos, não é mesmo?
5. Patagonia
A marca de roupas Patagonia possui um público bastante específico. Eles são especializados em roupas para esportes ao ar livre sustentáveis.
Além de oferecer itens de qualidade, a marca também retorna 1% de suas vendas à comunidade.
Seu marketing também é muito diferenciado. Ao invés de trabalhar com produções super elaboradas em estúdio, a Patagonia usa fotos enviadas pelos próprios consumidores.
Assim, eles conseguem contar histórias de pessoas que realmente usam seus produtos e atingir clientes similares.
6. Always
Todo mundo já ouviu o termo “fazer algo como uma menina”, uma frase com uma conotação negativa. No anúncio, pessoas de várias idades deveriam fazer atividades, como correr, lutar e jogar, “como uma menina”.
Enquanto pessoas mais velhas fizeram imitações jocosas, meninas novas mostraram que não existe diferença.
O vídeo tem como objetivo mostrar como a autoestima feminina é prejudicada desde muito cedo e incentivar seu empoderamento.
Ao invés de tentar vender seus produtos para garotas, a Always adotou uma estratégia diferente.
A história contada faz com que meninas de todas as idades se identifiquem com a marca, passando a dar prioridade para seus produtos.
7. O Boticário
O Boticário também tem investido em propagandas que fogem do tradicional e contam histórias para se conectar com o público.
No dia dos namorados a campanha “Toda Forma de Amor” mostrou casais de vários tipos presenteando seus companheiros.
Nada de benefícios do produto ou vantagens de adquiri-lo, a história foi mais fundo. Ela criou um motivo emocional para comprar produtos O Boticário para o dia dos namorados.
Por que aplicar storytelling na sua empresa?
Percebeu como usar o storytelling pode gerar uma conexão muito mais profunda com seu público?
O sucesso de contar histórias para vender produtos, serviços ou marcas é muito simples. Histórias geram emoções e sensações que uma simples propaganda não consegue.
Além disso, contar histórias que engajam é a melhor forma de garantir que seu público ficará de olho na tela até o final.
O storytelling é o futuro das campanhas de marketing que ficam grudadas na mente do cliente e ele pode ser usado em vários tipos de conteúdo.
Conteúdos Orbitais
Também existe uma outra técnica muito importante para canalizar a criatividade e facilitar o desenvolvimento de ações fora da curva, que é o uso das camadas orbitais (relaxa, não estamos falando sobre química 🤣).
Quando se fala sobre esse tipo de camada orbital, entende-se que são os níveis em que você pode relacionar a imagem de sua marca ou produto.
Para trabalhar com camadas, basta imaginar os universos em que você está inserido. O primeiro universo é seu próprio produto e na sequência vem o seu segmento. Um exemplo é a própria Resultados Digitais, que ajuda na evolução de seus parceiros com o Blog de Agências (segmento) e assim capacita quem trabalha com o RD Station (produto).
Depois dessas duas primeiras camadas, tem-se os hábitos de quem usa, o contexto em que este produto está inserido e os valores que a marca passa.
Uma empresa que trabalha de forma exemplar com suas camadas orbitais é a Red Bull, contemplando desde a relação de um energético com esportes radicais até as “asas” que você ganha ao consumir o produto.
Muito mais do que um nome e uma logo, [uma marca] é a promessa de uma organização a um cliente para oferecer o que a marca representa não apenas em termos de benefícios funcionais, mas também benefícios emocionais, auto-expressivos e sociais. (David Aaker)
E como escolher a melhor forma de conteúdo?
Até agora você já viu as três macro-etapas que englobam o Storytelling, conheceu as quatro principais formas para balizar o seu brainstorming e também já sabe as camadas para canalizar toda a criatividade.
Então, só falta entender os principais tipos de conteúdos para motivar o engajamento de sua audiência! Eles servem para agilizar na tomada de decisão e aumentar os resultados. Os principais tipos de conteúdo são:
Informativo
É aquele que agrega valor a partir de conhecimento. Ele é produzido para auxiliar aquele prospect que está querendo saber mais sobre o seu produto.
Trabalhe com dicas, hacks e recomendações de uso. Dedique-se para ensinar esse potencial cliente. Por que não colocar um vídeo na home de seu site explicando seus serviços e mostrando cases, por exemplo?
Serviço
São conteúdos que servem para ajudar sua audiência. A lógica por trás do conteúdo de serviço é simplificar a vida das pessoas, resolver algum problema ou até mesmo a economizar tempo.
Um bom exemplo foi a campanha #PreparaPraMim, que ao twittar os ingredientes disponíveis em sua geladeira + a hashtag, o usuário recebia uma receita pronta!
Comunicação
Esse conteúdo cria um senso de comunidade ao redor de elementos ou do produto em si. Trabalhar com essa vertente é bem simples: desenvolva ações que acolham as pessoas e gere comunicação espontânea. Ela também dá margem para estimular influenciadores e aproximar interesses em comum.
Entretenimento
Neste tipo de conteúdo o intuito é promover experiências à audiência. Experiência é uma trend que irá durar por muito tempo.
Então, é bom investir em conteúdos que tenham significado e tragam momentos marcantes para quem interage.
E sempre se deve tomar muito cuidado para os conteúdos não parecerem forçados ou interruptivos. Precisam ser desenvolvidos de forma minuciosa, pois as audiências estão cada vez mais exigentes.