MULHER MARAVILHA 1984

MULHER MARAVILHA 1984

Filme Mulher Maravilha 1984 acompanha Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grande inimigos – o empresário de mídia Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/Cheetah (Kristen Wiig) – enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor (Chris Pine).

Lançamento: 17 de dezembro de 2020 / 2h 31min 
Direção: Patty Jenkins
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Kristen Wiig mais
Gêneros: Ação, Aventura, Fantasia
Nacionalidade: EUA

Link do vídeo: MULHER MARAVILHA 1984

 

SINOPSE E CRÍTICA – MULHER MARAVILHA

No ano de 1984, um excêntrico vilão descobre um artefato que realiza desejos, mas que cobra seus preços para isso. Barbara Minerva, por exemplo, querendo ser uma Mulher-Maravilha, se torna a Mulher Leopardo. Já Diana terá de encarar a inesperada perda parcial de seus poderes.

Artefatos mágicos podem ser uma desculpa e tanto para roteiristas enfiarem conveniências goela abaixo do espectador.

Num filme de super-herói ou em qualquer exemplar do gênero fantástico, artigos com possibilidades extraordinárias não são incomuns, tampouco reprováveis, claro, desde que devidamente integrados à lógica interna.

Mas, em Mulher-Maravilha 1984, a descoberta arqueológica tratada inicialmente enquanto barata falsificação se apresenta como gritante engrenagem narrativa facilitadora/simplificadora do que gravita ao redor dela.

À Diana (Gal Gadot), representa o meio pelo qual a super-heroína tem momentaneamente o amor de volta – trucagem bem da sem-vergonha para ter Chris Pine novamente como um anteparo masculino.

MULHER MARAVILHA 1984

À Barbara (Kristen Wiig), o modo de sobressair, de deixar para trás sua invisibilidade. Já à Maxwell (Pedro Pascal), torna palpáveis os planos megalomaníacos.

Esse vilão caricato, do tipo excêntrico, corporifica uma espécie de lâmpada de Aladdin que concede desejos, mas cobra preços enormes.

MULHER MARAVILHA 1984

Inicialmente, não há problema no fato dessas tramas se desenrolarem em torno de um mesmo elemento encantado.

Todavia, os roteiristas Patty Jenkins, Geoff Johns e Dave Callaham se apoiam excessivamente nas faculdades mágicas, inexplicavelmente negligenciando os decorrentes dilemas morais requentados de outras produções com teor basicamente parecido.

No fim das contas, Mulher-Maravilha 1984 fala de dois excluídos transformados em ameaças perigosíssimas, nem ao menos consistindo em determiná-los como subproduto de um mundo não acolhedor às suas particularidades.

MULHER MARAVILHA 1984

Aliás, essa mesma turba que lega Barbara e Maxwell à marginalidade da atenção e do carinho é a que, num arroubo gritante de idealismo inocente, deixa de lado as possibilidades de ganho pessoal para instaurar o bem comum.

Contradição bem explorada? Que nada, nem ao menos mencionada como mudança drástica de concepção. As pequenas fissuras no enredo vão minando a importância dos discursos, tanto os coletivos quanto os estritamente individuais.

Se Diana hesita em abdicar de seu pedido por conta de um dilema moral perfeitamente cabível, porque haveria de soar orgânica a renúncia irrestrita de meros mortais que, sequer, têm suas personalidades contempladas pelo longa?

Mas, Mulher-Maravilha 1984 não sucumbe apenas por conta dessas fragilidades. Alçada ao panteão de representante-mor da feminilidade nos filmes baseados em quadrinhos, a protagonista novamente vivida por Gal Gadot é reduzida a impasses mal apresentados e à dependência emocional (e até física) do “ressuscitado”.

Em vários instantes, ela não capitula diante das ameaças por conta do suporte imprescindível de Steve Trevor, presença incômoda desde o princípio por conta da gratuidade de um retorno absolutamente desnecessário e forçado.

MULHER MARAVILHA 1984

Também assim o parece o prólogo na terra das amazonas. Se em Mulher-Maravilha (2017), a abertura em Themyscira era provavelmente o que aquele bom filme tinha de melhor, aqui ela não passa de uma demonstração um tanto gratuita de pirotecnia, já que a lição aprendida pela pequena Diana não é assim tão útil como reforço do que ela está vivendo no presente.

Ademais, Kristen Wiig parece frequentemente deslocada na personagem arquetípica que reafirma a nociva rivalidade feminina embalada na inveja.

MULHER MARAVILHA 1984

Como o próprio título denuncia, o filme se passa em 1984. Para endossar esse enamoramento de Hollywood pela década de 1980, Patty Jenkins acredita que basta uma sequência de vislumbres sintomáticos – pessoas trajadas como na época citada, jovens no fliperama, aglomerações em shoppings centers – para criar uma ambientação condizente.

Rapidamente, Mulher-Maravilha 1984 larga essa estética singular de lado, quando muito deixando escapar numa transição qualquer a utilização de pochetes.

MULHER MARAVILHA 1984

As cenas de ação passam longe de ser apoteóticas, especialmente por conta da maneira como a realizadora privilegia acrobacias próximas ao puro exibicionismo em detrimento de uma lógica de façanhas físicas incomuns.

Some a isso tudo, no quesito debilidades, a exagerada capacidade de aprendizado dos personagens – Diana logo sabe como fazer invisível um jato e Steve não demora mais que 10 segundos para se familiarizar com uma tecnologia aeroviária 60 anos à frente do seu tempo – e temos um filme que carece de vibração, além de desperdiçar os insumos dramáticos.

Sobre Moisés Oliveira

Especialista em Marketing Digital, acompanha tendências e oportunidades de Comunicação Integrada. Responsável pela estratégia online e performance de anunciantes em diferentes segmentos, sua atuação em agências de publicidade e veículos de comunicação agrega valor à carreira iniciada na Administração.

Além disso, verifique

ALERTA VERMELHO

FILME ALERTA VERMELHO

FILME ALERTA VERMELHO Filme Alerta Vermelho, num mundo de crimes internacionais, quando a Interpol emite …

Enviar Menssagem
Estamos Online
Olá,
Entre em contato.