FILME FORD VS FERRARI

FILME FORD VS FERRARI

Assista ao filme, Ford vs Ferrari, a incrível história real do visionário designer automotivo americano Carroll Shelby (Matt Damon) e do destemido piloto britânico Ken Miles (Christian Bale).

Henry Ford II é menosprezado por Enzo Ferrari durante uma negociação. Ele então contrata Carroll Shelby e Ken Miles para construir um carro capaz de vencer a Ferrari no circuito 24 Horas de Le Mans de 1966.

Juntos, eles lutaram contra o domínio corporativo, as leis da física e seus próprios demônios pessoais para construir um carro de corrida revolucionário para a Ford Motor Company assumir o controle das pistas e derrotar os carros dominantes de Enzo Ferrari nas 24 horas de Le Mans, na França, em 1966.

Durante a década de 1960, a Ford resolve entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o prestígio e o glamour da concorrente Ferrari, campeoníssima em várias corridas.

Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar a empreitada. Por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios e a imagem da empresa do que propriamente em relação ao aspecto esportivo.

Data de lançamento 14 de novembro de 2019 (2h 33min)
Direção: James Mangold
Elenco: Matt Damon, Christian Bale, Caitriona Balfe mais
Gêneros: Biografia, Drama
Nacionalidade: EUA

Link do vídeo: Ford vs Ferrari

SINOPSE E CRÍTICA

Apesar da evidente excelência técnica e do desempenho superlativo do elenco aqui reunido, há questões narrativas que prejudicam uma melhor fruição de Ford vs Ferrari.

Pra começar, veja o título: Ford VERSUS Ferrari. Ou seja, imagina-se que o espectador será confrontado com uma disputa de uma CONTRA a outra. Pois bem, não chega a ser exatamente isso o que acontece.

O filme do diretor James Mangold é todo sobre a Ford, e quase nada a respeito da Ferrari. Essa até aparece, na meia hora inicial, e por cerca de uns 15 minutos.

No resto do tempo, é apenas uma sombra, um objetivo aparentemente inalcançável, um símbolo a ser derrubado. Mas não mais do que isso. O roteiro assume apenas um ponto de vista, e é a partir dele que a audiência é conduzida.

Ao tomar partido, minimiza-se os esforços de um para continuar no topo, ao mesmo tempo em que se enaltece de forma exagerada os movimentos do outro – não por acaso, o norte-americano. E quem aí não está cansado de heróis em azul, vermelho e branco?

Outro problema é o próprio argumento. Logo no começo, o presidente da Ford Motors, Henry Ford II (Tracy Letts, que tem ao menos uma cena memorável), invade a área de produção da própria fábrica para discursar diante dos seus operários sobre a crise na indústria automobilística e os desafios que a empresa está enfrentando, com queda nas vendas e falta de sintonia com o público.

Pois bem, esse dilema é rapidamente deixado de lado – ou, ao menos, bastante minimizado – diante da proposta de um dos seus executivos: e se a Ford entrasse no campo da corrida de automóveis?

Com isso, acreditam, a imagem da companhia seria modernizada, pois falaria diretamente com consumidores mais jovens e antenados. Mas e todas as demais fatias de clientes?

Ninguém parece se importar com eles. Como se vê, Ford vs Ferrari até nasce como uma história de bastidores empresariais, mas como essa temática tem todos os elementos para matar qualquer um de tédio, tal pressuposto rapidamente se torna irrelevante, optando-se por centrar suas atenções na história de dois homens: aquele que pode construir o carro mais rápido do mundo, e o único capaz de dirigir tal máquina.

O primeiro é Carroll Shelby (Matt Damon, repetindo-se em trejeitos e posturas administrativas, como visto em Pequena Grande Vida, 2017, ou Compramos um Zoológico, 2011, por exemplo), um ex-corredor que agora trabalha revendendo carros.

Ele é procurado por ter sido o único piloto norte-americano a já ter vencido a dura prova das 24 horas de Le Mans, na França. Ao convocá-lo, vem junto também Ken Miles (Christian Bale, em mais uma impressionante transformação física, muitos quilos distante do Dick Cheney de Vice, 2018, mostrando novamente o quanto ele depende, enquanto intérprete, de uma construção externa para compor seus personagens), um motorista temperamental, difícil de lidar pessoalmente, mas com forte desempenho nas pistas.

Ele é a pessoa certa para estar atrás do volante, mas a errada para levantar a taça da vitória. Conciliar esses dois lados será tarefa não apenas do seu parceiro, mas também motivo de uma forte batalha a ser travada com os demais diretores da Ford (em especial, com o burocrata interpretado por Josh Lucas, resignando-se aos clichês corporativos do gênero).

Com os italianos da Ferrari sendo apresentados quase como mafiosos (olha o estereótipo gritando alto) e as motivações financeiras da Ford que deram início a todo esse debate relegadas a um segundo plano, resta apenas o embate entre criatividade e burocracia, rebeldia contra trabalho de equipe.

Miles é a figura melhor construída, muito graças ao seu envolvimento familiar, com a esposa (Caitriona Balfe, dona de uma presença hipnotizante) e o filho (Noah Jupe, de Um Lugar Silencioso, 2018, um talento a ser observado).

No entanto, ele serve apenas para oferecer explosões nervosas e deixar em evidência uma falta de controle pessoal – algo que, evidentemente, não é nada ‘vendável’.

Por outro lado, o filme começa e termina acompanhando os movimentos de Shelby, aquele que pode, enfim, fazer diferença. Mesmo assim, a direção não lhe dá a devida atenção: nada sabemos a seu respeito, além de uma breve consulta médica no começo da trama.

Ele serve apenas para segurar as pontas, de um lado ou de outro, e buscar o caminho do meio na maior parte das vezes. Essa irregularidade narrativa começa a se demonstrar aos poucos, chegando até a eclipsar méritos inegáveis da produção.

Entre estes, é claro, estão em sua maioria concentrados nas corridas de automóveis. Se não chega ao nível de excelência de Rush: No Limite da Emoção (2013), ainda são bastante excitantes, muito devido ao comprometimento de Bale em realmente vivenciar os altos e baixos de cada rota ou estrada, assim como Damon oferece um contraponto adequado, ao lidar com os embates dos bastidores.

Sobre Moisés Oliveira

Especialista em Marketing Digital, acompanha tendências e oportunidades de Comunicação Integrada. Responsável pela estratégia online e performance de anunciantes em diferentes segmentos, sua atuação em agências de publicidade e veículos de comunicação agrega valor à carreira iniciada na Administração.

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