FILME CATS

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Filme Cats, todo ano, uma tribo de gatos chamada Jellicles precisa tomar uma grande decisão em uma noite especial: escolher um dos gatos para ascender para o Heaviside Layer e conseguir uma nova e melhor vida.

Cada um dos gatos conta a sua história para seu líder, o velho Deuteronomy, na tentativa de ser o escolhido. Cats (2019) tem direção de Tom Hooper, cineasta premiado com o Oscar de Melhor Direção por O Discurso do Rei (2010).

A obra – baseada no musical Cats, de Andrew Lloyd Webber – é estrelada por Idris Elba, Taylor Swift, Rebel Wilson, Judi Dench, Ian McKellen, Jennifer Hudson, James Corden, Laurie Davidson (Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras, 2014) e a estreante Francesca Hayward.

LInk do vídeo: CATS

Data de lançamento: 25 de dezembro de 2019
Direção: Tom Hooper
Elenco: Francesca Hayward, Jennifer Hudson, Taylor Swift mais
Gêneros: Comédia Musical, Drama
Nacionalidade: EUA

CRÍTICA E SINOPSE

Desde que divulgou seu primeiro trailer, surpreendendo o espectador pela caracterização antropomórfica dos gatos, Cats ostenta uma ambição singular: apresentar uma tecnologia jamais vista, transformando o famoso musical da Broadway numa experiência realista e, presume-se, mais imersiva ao espectador.

Este é um projeto vaidoso do diretor Tom Hooper, cujo currículo repleto de prêmios da indústria (Oscar, Globo de Ouro etc.) o levou a buscar uma forma de espetáculo superlativa, ainda mais colorida, mais frenética, mais impressionante.

É neste aspecto que a adaptação cinematográfica queima suas asas, ao abandonar o humanismo presente na base da peça de teatro para se focar na retórica do show, nas músicas em si, nos cenários, nas luzes, nos pêlos colados digitalmente ao corpo de grandes astros de Hollywood.

O filme embala um conteúdo magérrimo numa caixa gigantesca e lustrosa.

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O projeto possui dificuldades em quesitos muito simples, como contar sua história. Passada mais de metade da narrativa, ainda é difícil compreender quem é cada personagem, que papel executa naquela narrativa, o que deseja, e que maneira se relaciona com os demais.

Informações importantes são despejadas na trama sem explicações prévias: um gato será escolhido para ganhar uma nova vida, mas por quê?

Seria o espaço das ruas de Londres uma espécie de purgatório? Como a escolha dos Jellicle Cats se relaciona com as sete vidas destes animais?

De que maneira a Old Deuteronomy (Judi Dench) foi encarregada de fazer esta escolha, e com quais critérios? Diante destas indefinições, nossa protagonista Victoria (Francesca Hayward) apenas transita de cenário em cenário, de um número musical ao outro, sem dizer o que almeja, nem se relacionar de fato com outros gatos.

Quando Grizabella (Jennifer Hudson) chora suas dores, é difícil se identificar com ela, por não conhecermos os motivos de tamanha solidão. Quando Gus, the Theater Cat (Ian McKellen) demonstra cansaço com a escolha de uma nova vida aos Jellicle Cats, ignoramos seu passado com este processo seletivo.

Para os fãs árduos do musical de Andrew Lloyd Weber, talvez todas essas questões estejam elucidadas a contento, e o filme funcione enquanto elemento de sustentação do material de origem.

Para todos os demais, a narrativa se revela confusa, para não dizer incompreensível. Personagens aparecem e somem conforme convém à narrativa, e a única ideia de ritmo se encontra em introduzir um novo gato ao final de cada número musical.

Quando se interrompe a cantoria e a dança, uma figura nova simplesmente surge naquele cenário e começa a cantar, por sua vez, uma canção que pouco faz avançar a narrativa. Os gatos se sucedem em performances para a impassível Victoria, de olhos bondosos e complexidade psicológica inexistente.

Caso as letras fossem bastante claras em relação à apresentação dos gatos e suas vontades (a exemplo das músicas em Cabaret, 1972, ou Chicago, 2002), esta colagem apressada de música para música, praticamente sem diálogos entre os segmentos, encontraria uma justificaria.

Ora, a evolução se torna retórica, pois diversas esquetes não nos dizem nada sobre o contexto, sobre as vontades nem sobre os obstáculos enfrentados por cada um.

O filme se limita à apresentação linear de números musicais quase desconexos, razão pela qual quando se atinge enfim a competição dos gatos, este momento não fornece qualquer transformação narrativa: afinal, tudo o que presenciávamos até então soava como uma longa audição artística dos bichos.

A montagem também efetua escolhas estranhas ao fragmentar a famosa canção “Memory” em duas partes, ou esticar as cenas cômicas a ponto de perder qualquer efeito humorístico nas constrangedoras cenas envolvendo Rebel Wilson e James Corden.

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Sobre Moisés Oliveira

Especialista em Marketing Digital, acompanha tendências e oportunidades de Comunicação Integrada. Responsável pela estratégia online e performance de anunciantes em diferentes segmentos, sua atuação em agências de publicidade e veículos de comunicação agrega valor à carreira iniciada na Administração.

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