FILME FUGA DE PRETÓRIA
Filme Fuga de Pretória, relata a história verdadeira de Tim Jenkin (Daniel Radcliffe) e Stephen Lee (Daniel Webber), jovens sul-africanos que carregavam a marca de “terroristas” e foram presos em 1978 por trabalharem em operações secretas para o partido proibido de Nelson Mandela, o ANC.
Estando encarcerados na Prisão de Segurança Máxima de Pretória, eles decidem enviar uma mensagem ao regime do Apartheid.
Com planejamento detalhado e a produção de chaves de madeira projetadas para abrir 10 portas de aço, eles foram em busca de sua liberdade.
17 de setembro de 2020 / 1h 46min / Biografia, Suspense
Direção: Francis Annan
Elenco: Daniel Radcliffe, Daniel Webber, Ian Hart
Nacionalidades Reino Unido, Austrália
FILME FUGA DE PRETÓRIA
Thrillers de fuga geralmente têm o mesmo fim, com o prisioneiro injustiçado conseguindo a sua liberdade após passar por diversos problemas e algumas falhas.
Mesmo sabendo disso, ficamos tensos, sobretudo quando os personagens são pessoas às quais nos apegamos, sentimental ou ideologicamente.
É difícil não ficar apreensiva por personagens como Tim Jenkin (Daniel Radcliffe) e Stephen Lee (Daniel Webber), sobretudo se estamos cientes de que eles existiram.
Para adicionar tensão real à trajetória dos heróis, o diretor Francis Annan inclui na introdução de Escape from Pretoria cenas reais do apartheid, nas quais é possível constatar a brutalidade da força policial branca.
Não se trata de uma escapada em grande escala, nos moldes de clássicos como Papillon (Franklin J. Schaffner, 1973), mas não é uma questão de medir desafios:
Escape from Pretoria é suficiente dentro das suas proporções, mesmo com prisioneiros que parecem privilegiados se postos ao lado de outros personagens do gênero.
FILME FUGA DE PRETÓRIA – Política
Escrito a partir do livro de Tim Jenkin, o roteiro de Francis Annan e L.H. Adams é bastante focado na fuga em si, com Jenkin pensando as estratégias e confeccionando, testando ou escondendo as chaves de madeira.
Sobra, portanto, pouco tempo para um desenvolvimento mais profundo dos personagens e o apego é apenas ideológico: claro que queremos que esses brancos que lutam contra um regime fascista que oprime os negros escapem da prisão, mas há pouco da personalidade deles sendo exposta.
A história ainda traz Denis Goldberg (Ian Hart) como um dos personagens e é um pouco decepcionante ter ele como apenas mais um prisioneiro que, vez ou outra, tem uma contribuição mais significativa.
Não há, por parte da direção, um engrandecimento das figuras históricas e recai completamente sobre os ombros dos autores fazer dos seus personagens algo além de prisioneiros comuns com uma inteligência digna de nota.