FILME ENOLA HOLMES 1

FILME ENOLA HOLMES 1

Filmes Enola Holmes (Millie Bobby Brown) é uma menina adolescente cujo irmão, 20 anos mais velho, é o renomado detetive Sherlock Holmes (Henry Cavill).

Quando sua mãe desaparece, fugindo do confinamento da sociedade vitoriana e deixando dinheiro para trás para que ela faça o mesmo, a menina inicia uma investigação para descobrir o paradeiro dela, ao mesmo tempo em que precisa ir contra os desejos de seu irmão, Mycroft (Sam Claflin), que quer mandá-la para um colégio interno só de meninas.

23 de setembro de 2020 na Netflix / 2h 03min / Policial, Crime
Direção: Harry Bradbeer
Elenco: Millie Bobby Brown, Henry Cavill, Sam Claflin
Nacionalidade EUA

Estreia na Netflix ‘Enola Holmes’, filme sobre irmã do famoso detetive Sherlock

FILME ENOLA HOLMES

O filme ‘Enola Holmes’ chega à Netflix nesta quarta-feira (23), e chama a atenção de milhares de fãs de literatura no mundo todo.

A história é centrada na irmã adolescente do mais famoso detetive do entretenimento, Sherlock Holmes, criado pelo autor Sir Arthur Conan Doyle, que morreu em 1930.

Os fãs da série Stranger Things também aguardavam ansiosos pela estreia, pois a protagonista é interpretada por Millie Bobby Brown, atriz que também trabalha na série e é uma das promessas de sua geração.

FILME ENOLA HOLMES 1

“Quis interpretar Enola porque admiro sua força, sua energia, sua coragem de entrar no mundo real apesar de isso ser assustador, na verdade”, afirmou Millie Bobby Brown em entrevista à Netflix.

Além de Brown, outros atores famosos também compõe o elenco, como Henry Cavill, famoso por ser o Super-Homem de ‘O Homem de Aço’ (2013), interpretando o detetive Sherlock Holmes, e Sam Clafin, de ‘Como Eu Era Antes de Você’ (2016), como Mycrof, o segundo irmão da menina.

CRÍTICA:

Baseado na série de livros de Nancy Springer – uma senhora de 72 anos, de óculos e chapéu, que costuma escrever com seu cachorrinho no colo – que já conta com quase uma dezena de volumes, Enola Holmes é uma das principais apostas da Netflix dessa temporada.

A impressão ao se assistir ao filme, no entanto, é que não apenas o logaritmo da plataforma parece ter ditado cada movimento da trama, como também o elenco principal soa como se tivesse sido reunido apenas para pagar uma dívida com a empresa.

Todos vem de projetos mais bem sucedidos (um conceito relativo, mas o foco é na quantidade de acessos), e se o show é da protagonista, até ela deixa claro ter outras intenções com o projeto além de alargar o seu potencial dramático – algo que, obviamente, acaba não acontecendo.

Um filme de fácil consumo, mas também rasteiro em todas as suas intenções.

FILME ENOLA HOLMES 1

Millie Bobby Brown chegou a ser indicada ao Emmy por sua performance como a Eleven de Stranger Things (2016-2021), mas ainda tem muito o que mostrar ao se arriscar por outros cenários.

Sua estreia na tela grande foi com o blockbuster Godzilla II: Rei dos Monstros (2019), e o fracasso dessa empreitada foi tão grande quanto suas ambições.

Em Enola Holmes, surge como a personagem-título, mais uma vez à frente de um elenco igualmente estrelado.

Outro tropeço que só não será maior por ter se eximido de enfrentar o aval das bilheterias, optando por fazer uso da máquina promocional do streaming.

Com ela estão Henry Cavill, num erro crasso de escalação, e Sam Claflin, que ao lado do colega se vê obrigado a abandonar a pose de galã.

O primeiro ainda tenta convencer à frente de The Witcher (2019), enquanto que o segundo emplacou a comédia romântica Um Amor, Mil Casamentos (2020), ambos também na Netflix.

E se essas experiências já haviam resultado em obras problemáticas, aqui os dois conseguem se superar na inadequação.

Enola Holmes (Brown), como o sobrenome adiante, é a irmã mais nova de Sherlock (Cavill).

Os leitores e fãs do investigador criado por Conan Doyle certamente conhecem o irmão dele, Mycroft (Claflin), mas nunca ouviram falar de Enola – afinal, trata-se de uma criação de Springer, e nunca fora mencionada pelos escritor inglês.

Após a morte do pai, quando ela era ainda criança, e da partida dos dois irmãos mais velhos, que se mudam para Londres, a garota fica morando sozinha com a mãe, vivida por Helena Bonham Carter (em participação especial).

Quando a matriarca desaparece, aparentemente sem se despedir, a jovem fica sob a guarda de Mycroft, que decide mandá-la para um internato.

Rebelde, escapa por conta própria, e no caminho encontra outro fugitivo, o lorde Tewksbury (Louis Partridge, de Paddington 2, 2017).

Os dois acabam se unindo, ainda que tentem manter separados seus objetivos.

Essa tênue linha entre um e outro interesse não resiste por muito tempo. A sensação transmitida ao espectador na maior parte do tempo é que o filme do diretor Harry Bradbeer (vencedor do Emmy pela muito superior Fleabag, 2016-2019) possui duas histórias distintas, e uma está em conflito com a outra.

O longa se baseia no livro O Caso do Marquês Desaparecido (2006). Pois bem, se por um lado Enola estará ciente do paradeiro do rapaz de origem nobre e tenta ajudá-lo não apenas a se esconder, mas também a desvendar os motivos que colocaram um assassino no seu encalço, ela mantém como preocupação principal descobrir o destino da mãe, o que a levou a abandonar a própria casa e por quê não chegou a se despedir dela.

A intenção dos realizadores, no entanto, é mostrar uma garota tão ou mais inteligente no âmbito detetivesco do que o irmão famoso.

Por isso, tudo que passa pelas mãos dela acaba se mostrando uma pista, seja para um caso, ou outro.

Pois bem, se esses indícios foram colocados de propósito ao alcance dela, não teria sido mais fácil – e simples – deixar essas manobras de lado e ter sido franca com a menina?

FILME ENOLA HOLMES 1

Agora, nada pior do que um narrador que subestima a inteligência, ou capacidade de percepção, do seu público.

Pois é justamente o que acontece por aqui. Por mais óbvios que sejam os desenlaces de Enola com o seu companheiro de aventuras, ou dos irmãos que estão no seu encalço, o roteiro de Jack Throne (Extraordinário, 2017) faz questão de a todo instante colocá-la de frente à câmera, se direcionando à audiência, para comentar o que acabou de acontecer e explicar o que virá em seguida.

Quebrar a quarta parede, como se diz no jargão artístico, pode ser um recurso curioso, quando bem empregado – basta ver como é utilizado em Deadpool (2016) – mas, definitivamente, esse não é o caso.

Por aqui, tal manobra se dá como uma muleta, para esclarecer e justificar quaisquer dúvida ou mal-entendido, sem deixar nenhuma ponta solta para trás.

Enola Homes, assim, se torna um exercício redundante e cansativo – são mais de duas horas de projeção – que não levam a lugar nenhum particularmente inovador ou mesmo digno de atenção.

Sobre Moisés Oliveira

Especialista em Marketing Digital, acompanha tendências e oportunidades de Comunicação Integrada. Responsável pela estratégia online e performance de anunciantes em diferentes segmentos, sua atuação em agências de publicidade e veículos de comunicação agrega valor à carreira iniciada na Administração.

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