AdBlocks: aliados ou inimigos?
AdBlocks são plugins que bloqueiam os anúncios publicitários considerados indesejáveis ou invasivos. Eles atuam como filtros nos navegadores e são acionados pelos próprios internautas. Diante desta funcionalidade, o grande desafio para a publicidade digital é se tornar ponto de contato conveniente e relevante, evitando a necessidade desta ferramenta.
E não é à toa que o discurso de aprimorar a experiência do usuário vem ganhando força. Para tanto, entre os profissionais da área tem sido recorrente o debate sobre como agregar valor, desenvolver diálogo e inovar nas peças.
Isto porque o uso de bloqueadores tem sido crescente. De acordo com o IAB, entre os usuários em desktop, 26% utilizam ad blocks. No mobile, a estatística cai para 15%, mas ainda assim é um dado significativo. Em números gerais, o montante global de 21,8 bilhões de dólares corresponde à publicidade digital bloqueada em 2015, conforme estudo “Te cost of ad blocking” (ou o custo dos bloqueadores) da Adobe. E os desafios para os próximos anos só aumentam.
Anúncios online versus AdBlocks
Atentos a este movimento agências de publicidade, associações do setor digital, anunciantes e Google formaram um comitê para análises do cenário e estabelecimento de normas. Além do interesse óbvio do player de busca, a lista vip conta com a participação dos anunciantes P&G e Unilever, além do veículo The Washington Post e do IAB (Interactive Advertising Bureau).
No total são 17 instituições reunidas com o objetivo de trazer soluções para a publicidade digital que no momento de amplo crescimento enfrenta os primeiros desafios. A proposta é aprimorar a experiência do internauta com a publicidade digital ao possibilitar entrega de anúncios mais amigáveis e menos invasivos.
A medida que a publicidade seja melhor aceita pelo consumidor a tendência é que os adblocks tenham sua importância e adesão minimizadas. Para tanto, a jornada pode ser longa. O grupo prevê que critérios devem ser estabelecidos para o planejamento das ações de publicidade digital visando pontuação dos anúncios a partir da combinação de fatores diversos que variam desde tempo de carregamento ao uso de criatividade.
A iniciativa está fundamentada na preocupação com a rentabilidade e o crescimento da publicidade digital. Portanto, apesar de ser a base dos estudos, a experiência do usuário acaba sendo uma consequência de um processo que deveria ter sido identificado e iniciado anteriormente, mesmo antes do surgimento dos adblocks.
Observar a receptividade do consumidor é essencial para os fluxos comunicacionais e o efetivo estabelecimento de pontos de contato. Essas são questões que devem ser consideradas como prioridade no planejamento de Marketing e consequentemente, nas ações de mídia.
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