FILME O FAROL

FILME O FAROL

Filme O Farol, no início do século XX. Thomas Wake (Willem Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, contrata o jovem Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para substituir o ajudante anterior e colaborar nas tarefas diárias.

No entanto, o acesso ao farol é mantido fechado ao novato, que se torna cada vez mais curioso com este espaço privado.

Enquanto os dois homens se conhecem e se provocam, Ephraim fica obcecado em descobrir o que acontece naquele espaço fechado, ao mesmo tempo em que fenômenos estranhos começam a acontecer ao seu redor.

Link do vídeo: O Farol

FILME O FAROL

Data de lançamento: 2 de janeiro de 2020 (1h 49min)
Direção: Robert Eggers
Elenco: Robert Pattinson, Willem Dafoe
Gêneros: Terror, Suspense
Nacionalidades: EUA, Canadá

SINOPSE E CRÍTICA

Revelado logo no seu trabalho de estreia, o perturbador A Bruxa (2015), premiado no Film Independent Spirit Awards e indicado ao Critics Choice, o diretor e roteirista Robert Eggers não se esforça em facilitar a experiência de seu espectador frente ao seu segundo longa, o igualmente intenso e assustador O Farol.

Pelo contrário, oferece um conjunto ainda mais doentio e sombrio. Através do uso de um preto e branco eficaz em aprofundar tanto as diferenças entre seus protagonistas como o embate entre a luz pela qual tanto anseiam e a escuridão que não se cansa de persegui-los, e um enquadramento no formato 1.19:1 (ou seja, praticamente quadrado), que delimita suas ações e exaspera as angústias reunidas, tem-se assim um conjunto dotado dos elementos necessários para um transtorno de proporções muito além das originalmente propostas.

Exatamente, aliás, o que se poderia esperar diante dos riscos aqui assumidos, efetivos em se mostrar não apenas válidos, mas também necessários.

FILME O FAROL

Ao contrário de outros realizadores contemporâneos que muito se esforçam por revigorar o gênero, como Ari Aster e Jordan Peele, Eggers é eficaz em alcançar mais do que o suficiente com o mínimo ao seu dispor. Temos apenas um único cenário – uma ilha perdida no meio do oceano – e apenas dois personagens – o capitão Thomas Wake (Willem Dafoe) e o imediato Ephraim Winslow (Robert Pattinson).

O primeiro é responsável pelo posto e, principalmente, pelo funcionamento do farol, ponto isolado de luminosidade diante um mar de possibilidades e perigos.

O segundo, recém chegado, foi enviado para substituir o antigo auxiliar. Diz-se que o anterior enlouqueceu e, por isso, acabou morrendo. Mas qual teria sido a fonte de sua loucura?

E, ainda mais importante: diante de tão escassas opções, teria sido a alternativa mais óbvia aquele o responsável pelo seu fim? Caso contrário, quem poderia responder por tal trágico destino?

A relação entre Thomas e Ephraim não é das mais fáceis. O primeiro, tão ansioso por companhia quanto desprovido de modos para lidar com qualquer outro ser pensante, tanto o afasta como anseia pela presença do que deixou tudo para trás para agora estar ao seu lado.

Já o segundo, dono de objetivos bastante tácitos, quer apenas fazer o que lhe compete, se possível calado na maior parte do processo. Um instiga e reprime, enquanto o outro se retrai e observa.

Entre ataques e defesas, irão construir uma convivência turbulenta, que terá como pilares mentiras e dissimulações, ainda que providas de momentos de confiança a revelações.

Essas, porém, nunca estão sozinhas, e assim que virarem as costas, traições e reviravoltas estarão à espreita para tomar seus lugares. Seria a união destes dois homens tão relegada ao acaso, ou haveria um motivo maior por trás de tal encontro?

A fotografia de Jarin Blaschke (Shimmer Lake, 2017) é incansável no intuito de encarcerar estas figuras, tão aptas ao convívio claustrofóbico da torre que percorrem quanto incapazes de lidar com a imensidão que os circunda.

A ela se junta a trilha fortemente impressionista de Mark Korven (Campo do Medo, 2019), que demonstra receio algum em investir no impacto do inesperado, assim como é eficaz em fazer eco aos atos dos protagonistas.

Quanto a estes, o que se percebe é um mergulho profundo e dolorido em dois intérpretes desprovidos de defesas diante das dores de seus personagens.

Dafoe desaparece sob uma fala marcada e gestos exasperados de um homem entre a angústia e a exaltação, dono de um segredo maior do aquilo que é capaz de lidar, mas determinado a fazer jus ao que lhe compete.

Pattinson, por sua vez, se há algum tempo vem se esforçando – com efeito – para deixar para trás a imagem de ídolo juvenil, aqui revela uma maturidade sofrida, mas não menos valorosa.

Nas suas mãos, tem-se alguém que lamenta tanto o passado que o levou até aquele ponto como a incógnita de um amanhã absolutamente desprovido de qualquer tipo de esperança.

Sobre Moisés Oliveira

Especialista em Marketing Digital, acompanha tendências e oportunidades de Comunicação Integrada. Responsável pela estratégia online e performance de anunciantes em diferentes segmentos, sua atuação em agências de publicidade e veículos de comunicação agrega valor à carreira iniciada na Administração.

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