Filme A Casa do Medo: Incidente em Ghostland

Filme A Casa do Medo: Incidente em Ghostland

O filme de terror A Casa do Medo: Incidente em Ghostland, do diretor Pascal Laugier (do marcante‘Mártires’), ganhou um novo trailer legendado. Além disso, o filme chegará ao Brasil pela Paris Filmesno dia 11 de outubro.

O elenco do terror conta com Taylor Hickson, Emilia Jones, Mylène Farmer, Crystal Reed Anastasia Philipps.

A história segue uma mãe que herda a casa de sua tia. Na primeira noite no novo lar, ela é confrontada com intrusos assassinos e lutas pela vida de suas filhas.

Dezesseis anos depois, quando as filhas se reencontram na casa, e é aí que as coisas ficam ainda mais estranhas.

  • Data de lançamento 18 de outubro de 2018 (1h 31min)
  • Direção: Pascal Laugier
  • Elenco: Crystal Reed, Anastasia Phillips, Emilia Jones mais
  • Gênero: Terror
  • Nacionalidades: França, Canadá

Assista ao Filme A Casa do Medo: Incidente em Ghostlandlink

Sinopse e Crítica – Filme A Casa do Medo

A melhor tradução para “incidente” é “que incide, sobrevém, tem caráter acessório, secundário, incidental, superveniente”. Também pode ser entendido como sinônimo de “acontecimento, acidente, evento, ocorrência, circunstância”.

Nada mais longe, portanto, do que acontece em A Casa do Medo: Incidente em Ghostland. Talvez seja por isso o acréscimo desse pré-título genérico, que já batizou diversas outras produções do gênero – literalmente, como A Casa do Medo (2015) ou A Casa do Medo (1989) – ou similares – como A Casa do Espanto (1985), A Casa do Horror (1985), Ghost House: A Casa do Horror (1988) ou A Casa dos Mortos (2015), entre tantos outros.

E se concordamos que “incidente” é um tanto forçado – ou um paliativo sem a menor serventia – não seria mais apropriado um olhar atento ao tal de Ghostland, ou Terra de Fantasmas, em tradução direta?

Pois basta estar ciente deste batismo para que a suposta surpresa do enredo se desfaça, afinal, é um dos maiores e mais óbvios spoilers da história cinematográfica recente.

No filme escrito e dirigido pelo francês Pascal Laugier – o mesmo de joias raras como Mártires (2008) eO Homem das Sombras (2012) – as protagonistas são Pauline (a cantora Mylène Farmer) e suas duas filhas, a expansiva Vera (Taylor Hickson, de Deadpool, 2016) e a introspectiva Beth (Emilia Jones, de No Topo do Poder, 2015), que se mudam para a velha casa de uma parente recém falecida.

Exatamente no dia em que chegam, quando ainda estão com a porta da frente aberta para descarregar as coisas, uma van estaciona em frente.

De lá sai um homem gigantesco, praticamente um ogro, que sem falar nem nada, invade o lugar e decide atacá-las até a morte.

O ódio pelo simples fato de serem mulheres fica logo evidente. O objetivo dele é reduzi-las a nada, a ponto de transformá-las em bonecas inanimadas, que não apenas deixam de representar uma ameaça, como também se tornam algo com o que ele pode “brincar”.

No seu encalço está um travesti de voz soturna que parece ser o único capaz de domá-lo: “melhor não resistir, assim ele acaba mais rápido”, alerta para uma das vítimas.

Mais de uma década se passa, e agora Beth (Crystal Reed, de Amor a Toda Prova, 2011) é uma bem-casada – com um marido amoroso e um filho pequeno – e bem-sucedida escritora de livros de terror, que está prestes a lançar seu mais aguardado volume, justamente aquele que narra o tal ‘incidente’ que teria lhe acontecido tanto tempo atrás.

Ela, aparentemente, não apenas superou o ocorrido, como também fez da escrita uma terapia que a ajudou a enfrentar esses ‘fantasmas no armário’.

Sua irmã, no entanto, vive situação oposta. O trauma daquela noite fatídica segue com ela até hoje, e apenas a mãe consegue mantê-la razoavelmente calma.

Beth foi embora, construiu sua vida longe de tudo aquilo. As outras duas, no entanto, seguem presas no mesmo cenário da maior desgraça das suas vidas.

Qual a razão de terem ficado para trás? Não saíram de lá por que não quiseram… ou simplesmente por que não lhes era permitido?

Bom, se já não ficou bastante óbvio o que está acontecendo – lembre-se, em uma ‘terra de fantasmas’, nem sempre se pode acreditar naquilo que se vê – assim que Beth retorna à casa materna para um reencontro familiar, tudo fica bastante claro.

Não há mistério, nem suspense. A mesma noite passa a ser revivida vez após outra. Como se recuperar de um evento trágico, se o mesmo nunca chega ao fim?

Esse parece ser o maior desafio da protagonista. No entanto, para o realizador, o que se percebe é apenas o uso desse fiapo de roteiro como meio para destilar toda a sua misoginia e preconceito.

A Casa do Medo: Incidente em Ghostland nada mais é do que uma sessão de quase duas horas de tortura ininterrupta, com mulheres apanhando, sendo violentadas e sofrendo além da conta sem nenhuma razão aparente além do prazer sádico daqueles que as assistem.

ghostland filme completo dublado

Para completar, os culpados por tamanha bestialidade são um deficiente mental e um transexual, duas minorias que merecem respeito e atenção, mas que aqui servem apenas como bode expiatório.

É visível a intenção do realizador em dotar seu filme de uma reviravolta ao melhor estilo M. Night Shyamalan. Laugier, no entanto, não possui nem competência para criar algo à altura daquele no qual se espelha, muito menos originalidade para pensar em algo diferente.

A tal mudança de rumo que propõe é antecipada a quilômetros de distância, e nada parece ser mais óbvio do que aquilo que está tentando emular, evidentemente sem efeito.

Sem provocar sustos nem medo, toda a emoção que consegue obter é a repulsa, seja pelas atrocidades que expõe em cena, seja pela ineficácia em se manter minimamente dentro dos padrões mais convencionais do gênero ao qual se dedica.

Além disso, menospreza a perspicácia da audiência, fazendo questão em explicar didaticamente cada um dos seus passos, de forma expositiva e redundante.

Enfim, um desastre descarrilhado que merece não apenas o desprezo, mas também o protesto e a rejeição.

‘A Casa do Medo’: Terror que desfigurou rosto de atriz estreia no Brasil

O terror ‘A Casa do Medo: Incidente em Ghostland‘ (‘Ghostland’), do diretor Pascal Laugier (do marcante ‘Martyrs’), terá suas pré estreias no Brasil nos dias 11, 12, 13 e 14 de outubro – e estreia dia 18.

O terror foi cercado de problemas em sua produção.

A atriz Taylor Hickson processou a produtora Incident Productions após ter o rosto desfigurado em um acidente no set do filme. As informações são do Deadline.

O acidente aconteceu em 2016. De acordo com a publicação, o diretor Pascal Laugier (do marcante ‘Martyrs’) pediu que a atriz batesse com força em uma porta de vidro durante uma forte cena, com medo das consequências, Hickson questionou a produção sobre a segurança, que disseram que seria seguro fazer.

O vidro acabou cedendo e atriz teve que receber 70 pontos, além de ter ficado com uma cicatriz permanente no rosto. O processo também afirma que ela teve traumas emocionais após o acontecido e recusou vários papéis durante o período de recuperação.

O rosto da atriz foi reconstruído, e o processo segue na justiça.

Estrelado por Mylène Farmer (Colleen), Crystal Reed (Beth) e Anastasia Philipps (Vera), a trama acompanha a mãe de duas filhas que herda uma casa de sua tia.

Na primeira noite na nova casa, a mulher precisa enfrentar assassinos e lutar pela vida de suas filhas. Dezesseis anos depois, a família se reúne na mesma casa e, a partir daí, fatos perturbadores começam a acontecer.