A SAGA DOS VIKINGS – SÉRIE E TEMPORADA
TEMPORADA: 04 – Ragnar (Travis Fimmel) tem uma experiência de quase morte. Lagertha (Katheryn Winnick) descobre que Kalf (Ben Robson) a ama. Erlendur (Edvin Endre) diz a Torvi (Georgia Hirst) que ela deve matar Bjorn (Alexander Ludwig), ou ele vai matar o filho dela. O Rei Ecbert (Moe Dunford) ameaça os planos de Ragnar de manter a paz.
Como o nome sugere, “New Beginnings” tem como objetivo criar oportunidades narrativas. É uma decisão muito bem vinda, já que a guerra entre protagonistas não empolga mais – pelo menos não da forma que vêm sendo conduzida.
A SAGA DOS VIKINGS – SÉRIE E TEMPORADA
Assim, agora que o conflito perdeu força, a série novamente espalha suas peças pelo tabuleiro. Bjorn (Alexander Ludwig) fica em Kattegat e precisa lidar com o peso de ser rei, mas Lagertha (Katheryn Winnick) busca retornar à sua origem de fazendeira, afastada da política e intriga da vida na cidade. Ivar (Alex Hogh Andersen), por sua vez, parte em exílio pela Rota da Seda, mas é capturado por povos eslavos.
O arco de Bjorn sempre soou muito parecido com o de seu pai, Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel). Agora, é diretamente comparado ao colocar o jovem em busca de uma forma própria de governar, sem querer repetir os feitos paternos.
Essa jornada para descobrir sua identidade norteia toda sua participação da série e demonstra o crescimento alcançado até aqui. O criador Michael Hirst recentemente explicou que vê o personagem como o centro de Vikings, por sua jornada ser introduzida desde o piloto. Considerando a importância que o guerreiro ganhou nos anos recentes, a afirmação faz cada vez mais sentido.
Já Lagertha parte na direção contrária. Enquanto o filho quer sair da sombra do passado, a mãe é tomada pela nostalgia e o desejo de uma vida sem guerra, e decide se mudar para algum lugar longe de Kattegat.
A SAGA DOS VIKINGS – SÉRIE E TEMPORADA
É certo que essa paz não irá durar por muito tempo, mas há algo belo em ver como a personagem quer fechar um ciclo. Lagertha – assim como todo o povo nórdico – foi de fazendeira para uma escudeira conhecida no mundo todo, apenas para querer retornar à essa simplicidade para seus momentos finais.
A série enfatiza isso com cenas das primeiras temporadas, muitas dela com Ragnar. Dessa forma é muito difícil não imaginar que ela já está de saída do programa – seja da forma pacífica que quer, ou em algum último conflito. De qualquer forma Lagertha parece confortável com a ideia.
Por fim, o arco de Ivar é um dos mais interessantes em termos de história. Como o seriado ficou confortável nos conflitos internos, o choque entre diferentes culturas deixou de ser explorado.
Os dois primeiros episódios resgatam isso, e colocam O Desossado em um ambiente alheio ao seu comum. A monarquia Rus – que, eventualmente, se tornarão os povos da Rússia e Ucrânia – tem bastante potencial narrativo por compartilhar DNA com os nórdicos.
É isso que faz o príncipe Oleg (Danila Kozlovsky) se interessar tanto por Ivar: ao mesmo tempo que busca reatar sua conexão com a cultura viking, ele quer ensinar a sua própria ao visitante.
Essa combinação, porém, pode apenas intensificar as tendências perversas de ambos – algo que é destaque em “The Prophet”, o segundo capítulo.
Os novos rumos que Vikings são interessantes e podem render boas histórias, mas levanta algumas questões sobre como a série será concluída.
Buscar rotas inéditas é vital para a continuidade de qualquer programa, mas é uma decisão que soa inusitada em um que já olha para o fim.
Tudo isso pode ser para plantar sementes a serem colhidas em Vikings: Valhalla, vindoura continuação na Netflix. Mesmo assim, é de se esperar que isso não atrapalhe a despedida principal.
Vikings é transmitida pelo canal pago Fox Premium todas as quintas, às 23h. Os episódios inéditos também são lançados no Fox App.