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Filme O Grande Circo Místico

Filme O Grande Circo Místico Carlos Diegues (<a title="Maceió" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Macei%C3%B3">Maceió</a>, <a title="19 de maio" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/19_de_maio">19 de maio</a> de <a title="1940" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1940">1940</a>) é um premiado <a class="mw-redirect" title="Cineasta" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cineasta">cineasta</a> <a title="Brasil" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil">brasileiro</a>. Foi um dos fundadores do <a class="mw-redirect" title="" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema_Novo">Cinema Novo</a>. Nascido em Maceió, Cacá Diegues é o segundo filho do <a title="Antropólogo" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Antrop%C3%B3logo">antropólogo</a> Manuel Diegues Júnior e de uma fazendeira. Aos 6 anos de idade, sua família mudou-se para o <a title="Rio de Janeiro (estado)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)">Rio de Janeiro</a> e instala-se em <a title="Botafogo (bairro do Rio de Janeiro)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Botafogo_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)">Botafogo</a>, bairro onde Diegues passou toda sua infância e adolescência. Estudou no <a title="Colégio Santo Inácio" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Santo_In%C3%A1cio">Colégio Santo Inácio</a>, dirigido por <a class="mw-redirect" title="Jesuítas" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADtas">jesuítas</a>, até ingressar na <a title="Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pontif%C3%ADcia_Universidade_Cat%C3%B3lica_do_Rio_de_Janeiro">Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro</a> (PUC-Rio), onde fez o curso de Direito. Como presidente do Diretório Estudantil, fundou um <a title="Cineclube" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cineclube">cineclube</a>, iniciando suas atividades de cineasta amador com <a title="David Neves" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Neves">David Neves</a> e <a title="Arnaldo Jabor" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_Jabor">Arnaldo Jabor</a>, entre outros. Ainda estudante, dirige o jornal <i>O Metropolitano</i>, órgão oficial da União Metropolitana de Estudantes e junta-se ao <a title="Centro Popular de Cultura" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Popular_de_Cultura">Centro Popular de Cultura</a>, ligado à <a title="União Nacional dos Estudantes" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Nacional_dos_Estudantes">União Nacional dos Estudantes</a>. O grupo da PUC e o de <i>O Metropolitano</i> tornam-se, a partir do final da <a title="Década de 1950" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1950">década de 1950</a>, um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, do qual Diegues é um dos líderes, juntamente com <a title="Glauber Rocha" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Glauber_Rocha">Glauber Rocha</a>, <a title="Leon Hirszman" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Leon_Hirszman">Leon Hirszman</a>, <a class="mw-redirect" title="Paulo Cesar Saraceni" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Cesar_Saraceni">Paulo Cesar Saraceni</a> e <a title="Joaquim Pedro de Andrade" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pedro_de_Andrade">Joaquim Pedro de Andrade</a>. Em 1961, em colaboração com David Neves e <a title="Affonso Beato" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Affonso_Beato">Affonso Beato</a>, realiza o curta-metragem <i>Domingo</i>, um dos filmes pioneiros do movimento. Em 1962, no CPC, Diegues dirige seu primeiro filme profissional, em 35mm, <i>Escola de Samba Alegria de Viver</i>, episódio do <a title="Longa-metragem" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Longa-metragem">longa-metragem</a> <i>Cinco Vezes Favela</i> (os demais episódios são dirigidos por Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Marcos Farias e Miguel Borges). Seus três primeiros longas-metragens - <i>Ganga Zumba</i> (1964), <i>A Grande Cidade</i> (1966) e <i>Os Herdeiros</i> (1969) - são filmes típicos daquele período voluntarista, inspirados em utopias para o cinema, para o Brasil e para a própria humanidade. Polemista inquieto, ele continua a trabalhar como jornalista e a escrever críticas, ensaios e manifestos cinematográficos, em diferentes publicações, no Brasil e no exterior. <div class="thumb tright"> <div class="thumbinner"><a class="image" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Carlos_Diegues,_1972.tif"><img class="thumbimage" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Carlos_Diegues%2C_1972.tif/lossy-page1-220px-Carlos_Diegues%2C_1972.tif.jpg" srcset="//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Carlos_Diegues%2C_1972.tif/lossy-page1-330px-Carlos_Diegues%2C_1972.tif.jpg 1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Carlos_Diegues%2C_1972.tif/lossy-page1-440px-Carlos_Diegues%2C_1972.tif.jpg 2x" alt="" width="220" height="302" data-file-width="1312" data-file-height="1803" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"></div> Carlos Diegues em 1972.</div> </div> </div> Em 1969, após a promulgação do <a class="mw-redirect" title="AI-5" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/AI-5">AI-5</a>, Diegues deixa o Brasil, vivendo primeiro na <a title="Itália" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia">Itália</a> e depois na <a title="França" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a">França</a>, com sua esposa, a cantora <a title="Nara Leão" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Nara_Le%C3%A3o">Nara Leão</a>. De volta ao Brasil, Diegues realiza mais dois filmes - <i><a title="Quando o Carnaval Chegar" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Quando_o_Carnaval_Chegar">Quando o Carnaval Chegar</a></i> (1972) e <i><a title="Joanna Francesa" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Joanna_Francesa">Joanna Francesa</a></i> (1973). Em 1976, dirige <i><a title="Xica da Silva (filme)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Xica_da_Silva_(filme)">Xica da Silva</a></i>, seu maior sucesso popular. Em 1978, Diegues inventa, em entrevista ao jornal <i><a title="O Estado de S. Paulo" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Estado_de_S._Paulo">O Estado de S. Paulo</a></i>, a expressão "<a class="mw-redirect" title="Patrulhas ideológicas" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrulhas_ideol%C3%B3gicas">patrulhas ideológicas</a>" para denunciar alguns setores da <a title="Crítica de cinema" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADtica_de_cinema">crítica</a> que desqualificavam os produtos culturais não alinhados a certos cânones da <a class="mw-redirect" title="Esquerda política" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerda_pol%C3%ADtica">esquerda política</a> mais ortodoxa.<sup id="cite_ref-2" class="reference"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cac%C3%A1_Diegues#cite_note-2">[2]</a></sup><sup id="cite_ref-3" class="reference"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cac%C3%A1_Diegues#cite_note-3">[3]</a></sup><sup id="cite_ref-4" class="reference"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cac%C3%A1_Diegues#cite_note-4">[4]</a></sup> Nesse período de início da redemocratização do país e de renovação do <a class="mw-redirect" title="Cinema brasileiro" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema_brasileiro">cinema brasileiro</a>, realiza <i><a title="Chuvas de Verão (filme)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Chuvas_de_Ver%C3%A3o_(filme)">Chuvas de Verão</a></i> (1978) e <i><a title="Bye Bye Brasil" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Bye_Bye_Brasil">Bye Bye Brasil</a></i> (1979), dois de seus maiores sucessos. Em 1981, integrou o júri no <a title="Festival de Cannes" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Cannes">Festival de Cannes</a>. Em 1984, realiza o épico <i><a title="Quilombo (filme)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Quilombo_(filme)">Quilombo</a></i>, uma produção internacional comandada pela <a title="Gaumont" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaumont">Gaumont</a> francesa, um velho sonho de seu realizador. Numa fase crítica da economia cinematográfica do país, realiza dois filmes de baixo custo, <i><a title="Um Trem para as Estrelas" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Um_Trem_para_as_Estrelas">Um Trem para as Estrelas</a></i> (1987) e <i><a title="Dias Melhores Virão" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_Melhores_Vir%C3%A3o">Dias Melhores Virão</a></i> (1989). Na mesma fase, realiza, em parceria com a <a title="TV Cultura" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/TV_Cultura">TV Cultura</a>, <i><a class="new" title="Veja esta Canção (página não existe)" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Veja_esta_Can%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1">Veja esta Canção</a></i> (1994). Quando a nova <a title="Lei do Audiovisual" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_do_Audiovisual">Lei do Audiovisual</a> finalmente é promulgada, ele é um dos poucos cineastas veteranos ainda em atividade - trabalhando com comerciais, documentários, videoclipes. Entre seus sucessos que seguiram incluem-se <i><a title="Tieta do Agreste (filme)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Tieta_do_Agreste_(filme)">Tieta do Agreste</a></i> (1996), <i><a title="Orfeu (filme)" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Orfeu_(filme)">Orfeu</a></i>(1999) e <i><a title="Deus É Brasileiro" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_%C3%89_Brasileiro">Deus É Brasileiro</a></i> (2003). A maioria dos 18 filmes de Diegues foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, <a class="mw-redirect" title="Festival de Veneza" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Veneza">Veneza</a>, <a title="Festival de Berlim" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Berlim">Berlim</a>, <a title="Festival de Cinema de Nova Iorque" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Cinema_de_Nova_Iorque">Nova York</a> e <a title="Festival Internacional de Cinema de Toronto" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_Internacional_de_Cinema_de_Toronto">Toronto</a>, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina - o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo. É oficial da Ordem das Artes e das Letras (l'<a class="mw-redirect" title="Ordre des Arts et des Lettres" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordre_des_Arts_et_des_Lettres">Ordre des Arts et des Lettres</a>) da República Francesa. Também é membro da Cinemateca Francesa. O governo brasileiro também lhe concedeu o título de Comendador da Ordem de Mérito Cultural e a Medalha da <a title="" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Rio_Branco">Ordem de Rio Branco</a>, a mais alta do país. Tem dois filhos, Isabel e Francisco, do seu casamento com a cantora <a title="Nara Leão" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Nara_Le%C3%A3o">Nara Leão</a> (se separaram em 1977, 12 anos antes de Nara falecer). Tem três netos: José Pedro Diegues Bial (2002), filhos de Isabel; e Monah André Diegues (2004) e Mateo André Diegues (2005), filhos Francisco. Desde <a title="1981" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1981">1981</a>, é casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem teve a filha Flora.<sup id="cite_ref-5" class="reference"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cac%C3%A1_Diegues#cite_note-5">[5]</a></sup> Em 2016, recebeu a homenagem da escola de samba Inocentes de Beford Roxo, pelo grupo de acesso A, com o enredo "CACÁ DIEGUES - RETRATOS DE UM BRASIL EM CENA!" ficando em 9o lugar no concurso. Em 30 de agosto de 2018 o cineasta <a class="external text" href="https://m.oglobo.globo.com/cultura/livros/caca-diegues-o-novo-imortal-da-academia-brasileira-de-letras-23024983" rel="nofollow">foi eleito novo imortal</a> da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha e pelo fundador da ABL, Valentim Magalhães.

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