Brasil: Consumidores se envolvem mais com as marcas
Os brasileiros estão entre os consumidores que mais se envolvem com as marcas, segundo pesquisa da Edelmam Significa realizada com 13 mil entrevistados em 13 países. O estudo Earned Brand 2016 explora questões relacionadas ao desenvolvimento de relação entre consumidores e marcas.
Para realizar o estudo, a empresa desenvolveu a métrica Edelman Brand Relationship Index, que mede o vínculo em níveis – de “indiferença” do consumidor ao “comprometimento”, passando pelo “interesse”, “envolvimento” e “dedicação”. Também fora realizado Social Listening em 5 países (Alemanha, China, Estados Unidos, Índia e Reino Unido) com observação de conversas nas mídias sociais para avaliar o impacto de campanhas ou ações de marcas com causas específicas.
Segundo a pesquisa, o índice global possui média igual a 38 (de 0 a 100), sendo que a média no Brasil é 43 – colocando os brasileiros entre “envolvidos” e “dedicados” às suas marcas favoritas. Aqui, os setores da economia que desempenham melhor relação com os consumidores são: mídias sociais, moda, automóveis e artigos de luxo. Já as empresas de mídias sociais possuem 21% de consumidores “comprometidos”.
Apesar do alto índice brasileiro, ainda há muito trabalho a desenvolver para garantir fidelidade e comprometimento das pessoas. No relatório constam dados que reforçam a importância dos anunciantes planejarem assertivamente sua relação nos diferentes pontos de contato. Tal questão adquire cada vez mais urgência e necessidade de debates, nos motivando a abrir este espaço.
Consumidores e marcas: relacionamento através de pontos de contato
O relatório expõe que relacionamentos fortes contribuem para a construção das marcas, sendo necessário dialogar com o público, estar próximo e aberto para ouvir o cliente. Engajado, os consumidores ficam dispostos a contribuir nos diferentes canais.
Deste modo, entendemos que estudos específicos sobre as estratégias de Marketing e avaliação contínua dos pontos de contato devam ser conduzidas a partir de técnica e critérios desenvolvidos para cada marca, diante do cenário único de sua atuação e concorrência. Essa avaliação não deve considerar somente as ações de comunicação, mas todo o arcabouço que sustenta a operação de Marketing, uma visão 360º nos diversos contextos. Sobre a questão do engajamento de clientes pelas marcas e a relação com a visão integrada do negócio, já abordamos o tema aqui anteriormente.
Com este entendimento, o desenvolvimento de vínculos pode ser um diferencial em ambientes extremamente competitivos que, por sua vez, contam com consumidores cada vez mais exigentes. Por exemplo, de acordo com o índice da Earned Brand 2016, o relacionamento consumidor-marca é baixo em todos os 18 segmentos de mercado analisados, nos 13 países pesquisados e entre as diversas gerações, independente do gênero.
A publicidade surge como um ponto primário de interesse, o que pode indicar mais uma vez a relevância de uma visão geral, aprofundada e integrada de todos as frentes e canais de relacionamento que se configuram como pontos de contato com o consumidor. E para atingir objetivos de uma conexão forte entre consumidor e marca que garanta o ROI (Retorno sobre Investimentos) como consequência, também devemos considerar as peculiaridades de cada mídia e os laços que adequadamente devem ser construídos.
Assim, a partir de um conjunto de 5 itens, o estudo aponta que 92% das pessoas usam frequentemente fontes da mídia tradicional para se informar sobre marcas. Isoladamente, a frequência de uso de cada mídia retrata a força do ambiente digital como fonte de informação:
91% ferramentas de busca
77% Televisão
76% sites e mídias sociais
71% website da marca
69% matérias jornalísticas
69% websites de compras/varejo que não são da marca
53% Blogs
50% revistas
45% rádio
O relatório traz outros insights sobre compromisso da marca com a sociedade, uma vez que 66% não comprarão se a marca não tiver compromisso social, 75% dizem que fazer o bem deveria ser parte do DNA da marca e 68% acham que as marcas podem fazer mais do que o governo para solucionar problemas sociais.
Para acessar ao relatório completo, clique aqui