Consumo dos meios e a pandemia do coronavírus

Consumo dos meios e a pandemia do coronavírus

Consumo dos meios e a pandemia do coronavírus

Consumo dos meios com highlights em tempos de coronavírus no Brasil e no exterior

O mercado de comunicação está com os “cabelos em pé”. Esse overview auxiliará com indicação de algumas tendências e tomadas de decisões ágeis, sobretudo para empresas produtoras, gestores de conteúdos ou de plataformas.

Mesmo diante do triste contexto de espalhamento da COVID-19, em que famílias de diferentes culturas são obrigadas a se isolar em seu lares, não podemos perder de vista os deslocamentos estratégicos de empresas de comunicação e tecnologia para ampliar sua atuação no cotidiano do público.

Diante de tantas incertezas, fato é que o consumo de conteúdos nas mais diversas plataformas apresenta crescimento significativo. Em todos os países, o principal motivo indicado pelos institutos de pesquisa seria o distanciamento social provocado pelo espalhamento do coronavírus.

Além do natural acesso à internet, a TV assume seu habitual papel de companheira para todas as horas.

Indicadores gerais sobre o mercado de comunicação

A seguir indicadores de tendências e destaques sobre hábitos de consumo dos meios durante o período de isolamento social diante da calamidade pública mundial relacionada ao espalhamento do coronavírus.

Cabe destacar que os países da América Latina (incluindo dados do Brasil) apontam crescimento no tempo médio de consumo da TV na última semana.

Na Colômbia, há destaque para os gêneros infantil e humor. No Brasil, os gêneros que recebem maior atenção nesse momento são: jornalismo e infantil (crescimento de 17% de audiência, segundo a Kantar).

Com as mudanças nos hábitos, há mais jovens assistindo TV. Uma oportunidade interessante para conteúdos voltados para esse público, inclusive que sejam educativos.

Dados de painel sobre consumo (Kantar) indicam que 77% dos entrevistados consideram a TV como o meio mais confiável para receber notícias sobre o coronavírus.

Operadoras adotam medidas para suprir demanda por conexões. Em paralelo, essas empresas estão abrindo sinais de canais gratuitamente – esse movimento por si só já provoca significativas mudanças no negócio de televisão de tempos em tempos. Porém, 66% dos pesquisados (Painel Kantar) não ouviu falar sobre a abertura de canais nas operadoras…

A OI TV, por exemplo, abriu sinal de canais para seus clientes em todo país. A liberação da programação está prevista para ocorrer até 28 de março. Entre os sinais abertos estão Nick, Nick Jr, E!, AXN, A&E, H2, Lifetime, Cinemax, Sony, Canais Telecine, Comedy Central, VH1 Megahits e Paramount.

As temáticas de maior interesse da população indicadas por institutos de pesquisa também poderão nortear pautas para possíveis abordagens no jornalismo e nos demais conteúdos produzidos internamente.

Adicionalmente, o instituto Nielsen conjectura que ficar em casa pode elevar em 60% o volume de conteúdos que assistimos.

Paralelo ao consumo dos meios tradicionais, o uso da internet tem sido um grande aliado. Não somente para buscas por informações, mas também possibilidades de recreação. No Google, observa-se aumento de buscas relacionadas à brinquedos (crescimento de 6%). Possível que seja um desdobramento do cenário atual. Logo, conteúdos educativos que possam entreter e contar com a participação dos pais também devem ser bem-vindos.

De modo geral, nas redes sociais há predominância de conversas sobre a COVID-19…a disputa por espaço para alavancar conteúdos não será tão fácil, mas as pessoas precisam de algum “escape”.

Assim, empresas de comunicação estão atentas e deslocam esforços para movimentações ágeis, readequando suas estratégias de negócios para o contexto de isolamento social. Nessa corrida, são grandes aliadas as plataformas de consumo não linear de conteúdos.

O Canal Futura, por exemplo, promete liberar mais conteúdos audiovisuais, jogos e videoaulas, atendendo crianças, jovens e professores (CDF – Clube Desafio Futura). Já a Globo liberou todos os filmes infantis da Disney no Globoplay por 30 dias

Diversos outros players e plataformas, inclusive de Ensino a Distância estão se mobilizando para manter a população abastecida de conteúdos interessantes e educativos.

Por outro lado, marcas, produtos e serviços de algum modo procuram promover ações sociais que apoiem a população nesse momento delicado. Investimentos publicitários são redirecionados.

No varejo, as vendas continuam sendo estimuladas por anúncios publicitários – o destaque vai para produtos de limpeza, mas a relação com o coronavírus deve ser evitada. Em casos de menção direta, recomenda-se atuar com muita cautela e com o suporte de equipe de gestão de crise.

O mercado de comunicação está com os cabelos em pé. O consumo dos meios sofre alterações e se reconfigura. É preciso se movimentar de modo ágil para atender a demanda do público por conteúdo – notícias e entretenimento em tempos de coronavírus e distanciamento social. Lamentável que a força motriz tenha origem em causa maior, calamidade pública…então, façamos o possível. Um novo mercado de comunicação nos espera.

Sobre Cinthya Pires

Mestre em Mídia, Jornalista e Publicitária. Possui interesse em estudos sobre modelos de negócios, processos de produção em mídia e possibilidades de envolvimento do público. Além das atividades em comunicação, desenvolve estudos acadêmicos e contribui com a capacitação de profissionais.

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