Filme Guerra Fria – Cold War – 2018
Assista ao filme Guerra Fria – Cold War, é uma impetuosa história de amor entre duas pessoas de diferentes origens e temperamentos, que são fatalmente incompatíveis, mas que estão destinadas a estar juntas.
Tendo como pano de fundo a Guerra Fria nos anos 50 na Polónia, Berlim, Jugoslávia e Paris, o filme retrata uma história de amor impossível em tempos impossíveis.
Durante a Guerra Fria, entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 50, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível.
Link do vídeo: Filme Guerra Fria – Cold War – 2018
Data de lançamento: 20 de dezembro de 2018 (1h 28min)
Direção: Pawel Pawlikowski
Elenco: Joanna Kulig, Tomasz Kot, Borys Szyc mais
Gêneros: Drama, Romance
Nacionalidades: Polônia, Reino Unido, França
SINOPSE E CRÍTICA
O filme foi vencedor do prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes 2018, Guerra Fria é, antes de qualquer coisa, um deleite visual.
A fotografia a cargo de Lukasz Zal, que já havia colaborado com o cineasta Pawel Pawlikowski no igualmente bonito e contundente Ida (2013).
Se destaca pela precisão dos enquadramentos e a forma como utiliza expressivamente o preto e branco.
Extraindo das paisagens as suas belezas, por vezes melancólicas, ele consegue ampliar emocionalmente instantes de aspereza e desencanto, vide às vezes que os personagens se deparam com as problemáticas da situação político-social da Polônia stalinista, no fim dos anos 40, ou seja, imediatamente após o fim do período nazista.
De maneira semelhante, a imagem (quadrada) reforça o estado de espírito das pessoas, desempenhando funções distintas na efervescente Paris e na depauperada terra natal, por exemplo.
O começo tem ares documentais, com profissionais trafegando pelo interior a fim de registrar canções folclóricas, propiciando um resgate vital.
Guerra Fria entremeia os traços relativos à coletividade com o crescente interesse do maestro Wiktor (Tomasz Kot) pela enigmática e talentosa Zula (Joanna Kulig).
O passado repleto de controvérsias e histórias mal contadas não é suficiente para afastar o veterano da loira.
Durante a produção de um espetáculo fundamentado, exatamente, na tradição polonesa, na perpetuação da cultura característica do povo campesino, esse desejo assume contornos efetivos, transformando-se num amor que parece fadado a permanecer vivo, mas a nunca atingir a plenitude.
O roteiro é sucinto, conseguindo a proeza de abarcar cerca de quinze anos da experiência múltipla dos protagonistas, recorrendo frequentemente a elipses muito bem colocadas.
O percurso transcorre em países diferentes, cada qual com construções artísticas particulares.
Em momento nenhum Pawlikowski desassocia a senda de desencontros do casal apaixonado das conjunturas relativas aos posicionamentos oficiais, aos ditames dos Estados e suas discrepâncias.