Filme Emma e as Cores da Vida
Assista ao filme Emma e as Cores da Vida, no filme Teo (Adriano Giannini) é um mulherengo publicitário que divide seu tempo entre a amante, a namorada e a elaboração de mentiras.
Um dia seu caminho cruza com o de Emma (Valeria Golino), uma osteopata cega, e o que começa como mais um mero jogo de sedução se transforma numa relação inesperadamente íntima.
Data de lançamento: 27 de dezembro de 2018 (1h 57min)
Direção: Silvio Soldini
Elenco: Adriano Giannini, Valeria Golino, Arianna Scommegna
Gêneros: Drama, Romance
Nacionalidades: Itália, França, Suiça
Link do vídeo: Emma e as Cores da Vida
CRÍTICA E SINOPSE
A primeira imagem é a escuridão total. Por quase dois minutos, a tela preta só guia os espectadores pela voz de seus personagens.
A cortina se abre e se entende que todos estavam numa espécie de passeio que os colocou no lugar de cegos. “É assim para eles sempre“, uma das vozes fala.
Um dos envolvidos é o protagonista, que mais à frente vai sentir por várias vezes como é estar ao lado de alguém que tem deficiência visual.
O diretor Silvio Soldini já havia trabalhado o tema no documentário Para Outros Olhos (2014), sobre a vida do escultor cego Felice Tagliaferri.
Desta vez, transporta a experiência para a ficção Emma e as Cores da Vida, que traz uma excelente interpretação da principal figura feminina da história.
Teo (Adriano Giannini) é um publicitário que trabalha em uma grande agência e não consegue ver um rabo de saia.
Só que durante uma consulta médica acaba conhecendo Emma (Valeria Golino), uma osteopata. Detalhe: ela tem deficiência visual desde pequena.
Mas o que poderia ser um obstáculo para o romance entre os dois se torna apenas uma característica pequena comparada aos traumas de relacionamentos que ambos tiveram ao longo da vida.
Portanto ele é resistente à ideia de algo fixo, mesmo já tendo uma parceira com quem tem uma espécie de namoro sem cobranças.
E além disso ela está separada há pouco e não acredita que alguém como Teo possa lhe querer.
O grande trunfo de Soldini em sua narrativa é não se deixar cair no lugar comum ou retratar os cegos como se fossem pessoas diferentes. Pelo contrário.
Emma, assim como sua protegida, Nadia (Laura Adriani), são as personagens mais fortes e interessantes do filme, mesmo que ambas precisem lidar com seus próprios problemas (especialmente a insegurança da garota mais jovem, que se preocupa quanto ao futuro por conta da cegueira) e com as pessoas ao redor que as tratam como incapazes.
Por isso mesmo há uma certa dissonância de qualidade em tela quando vemos a história de Emma em paralelo à trajetória de seu parceiro.