FILME TROLLS 2
Filme Trolls 2, nessa nova etapa a rainha Poppy (Anna Kendrick) e Branch (Justin Timberlake) fazem uma descoberta surpreendente: Há outros mundos Troll além do seu, e suas diferenças criam grandes confrontos entre essas diversas tribos.
Quando uma ameaça misteriosa coloca todos os Trolls do país em perigo, Poppy, Branch e seu grupo de amigos devem embarcar em uma jornada épica para criar harmonia entre os Trolls rivais e uní-los contra um mal maior.
- Data de lançamento: 16 de abril de 2020
- Direção: Walt Dohrn
- Elenco: Justin Timberlake, Anna Kendrick, Kelly Clarkson mais
- Gêneros: Animação, Família, Comédia
- Nacionalidade: EUA
Link do Trailer: Filme Trolls 2
SINOPSE E CRÍTICAS – FILME TROLLS 2
Deixando de lado os monstruosos Bergen ou qualquer referência ao canibalismo (elementos que marcaram o primeiro Trolls, 2016), essa continuação se mostra mais perspicaz do que se poderia imaginar num primeiro momento.
Afinal, é fato conhecido que se trata de um filme cujo principal objetivo é incrementar a venda de brinquedos – se muitos longas geram bonecos inspirados nos personagens, aqui se deu o contrário, pois foi a obra que surgiu a partir dos colecionáveis.
Com isso em mente, o diretor Walt Dohrn – em seu primeiro projeto solo, após ter co-dirigido o anterior – se ocupa em apenas fazer o básico, sem buscar fórmulas rebuscadas nem se desgastar atrás de tentativas de redescobrir a roda.
Se o que deu certo antes foram as músicas e o visual hiper-colorido, Trolls 2 é nada mais do que isso: uma explosão de cores embalada por um videoclipe de 90 minutos, entrecortado por um momento ou outro de rápidos diálogos que servem apenas para ligar uma sequência à outra.
Poppy é a nova rainha e tudo o que os trolls querem no dia-a-dia é de cantar, dançar e dar muitos abraços.
Bom, quase todos, pois Tronco não é tão cigarra assim, e seu lado formiga insiste em colocar em debate questões como provisões, planejamentos e relações pessoais.
Como o sentimento que percebe crescer dentro de si em relação a melhor amiga – que, para ele, já é mais do que isso.
Mas a garota parece não perceber essa mudança do parte do colega de aventuras, e segue na busca por mais motivos de diversão.
O primeiro passo, portanto, dá conta da expansão dessa universo, abraçando outros gênero musicais.
Os requintados só tocam música clássica, e assim por diante. Ao invés de integrar, portanto, a divisão acaba se dando de forma ainda mais consolidada. Porém, se parece ser a vez da tempestade, como bem se sabe, depois dessa é a bonança que surge.
É nesse ponto que Trolls 2 ganha força, ao mostrar que mesmo os maiores defensores da justiça e igualdade também podem se ver obrigados a lidar com os esqueletos do próprio armário.
É aquele velho ditado: antes de apontar os dedos para os outros, é bom prestar atenção em tudo aquilo que diz respeito a você mesmo.
Enquanto Tronco fica reduzido ao papel do Grilo Falante, servindo apenas de alerta para Poppy, ao mesmo tempo em que precisa descobrir o que fazer com a nova afeição que vai descobrindo em si, é nela que o processo de transformação se dará com maior força.
FILME TROLLS 2
A rainha que acha que tudo são flores, aos poucos irá perceber os espinhos que fazem parte. Nesse sentido, é importante também estar atento ao desenvolvimento da trilha sonora, eficaz em combinar momentos de pura descontração com outros mais reflexivos e poéticos, sem deixar de lado a possível identificação com cada um dos gêneros pelos quais os personagens vão transitando.
E quando esse espectro se amplia ao ponto de se visualizar a grande nação troll como uma única e diversa família, os entendimentos a partir desse cenário podem não ser inéditos, mas também não deixam de ser estimulantes.
E é por isso, combinado a um visual e um ritmo contagiante, que Trolls 2 acaba encontrando seu lugar, longe de ser original ou inovador, mas ainda assim digno do espaço que ocupa.